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As coisas que não fizemos em Chiang Mai

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Estávamos de volta à Tailândia, no primeiro país que havíamos visitado  nesta viagem pelo sudeste asiático 3 ou 4 meses antes. Só agora pudemos perceber o quão desenvolvido é em comparação com o Laos ou o Camboja, o quão bem desenvolvido está o turismo, os restaurantes com comida ocidental por todo lado e supermercados com bens importados de todo lado. Depois de três semanas no Laos sentimos que estávamos de volta à civilização mas também a todas as armadilhas para turistas e atracções estranhas que atraem milhares de pessoas e que decidimos evitar.

Não fomos a nenhum parque natural ver elefantes pois não é fácil encontrar um sítio onde não maltratem os animais em função do dinheiro que podem fazer com eles. Queria mesmo passar algum tempo com estas criaturas fantásticas mas prefiro deixar isso para quando tiver tempo de fazer algum tipo de voluntariado  onde posso contribuir para um bem maior que não o de encher os bolsos dos donos dos elefantes. Como não tínhamos assim tanto tempo em Chiang Mai por causa dos nosso visto para o Mianmar, prometi que um dia vou encontrar um projecto decente e voluntariar-me com animais selvagens, não necessariamente na Tailândia.

Também não visitamos o templo dos tigres onde estes poderosos animais são forçados a viver em jaulas pequenas e treinados ou drogados para se comportarem bem com os turistas. Estar com eles uns minutos não é o mesmo que estar com tigres verdadeiros pois estes são mais como peluches e não verdadeiras bestas.

Não quisemos visitar uma vila de uma comunidade minoritária Karen, famosas pelos seu pescoços longos com voltas de metal. Estive lá uns anos antes durante umas férias com os meus pais e lembro-me que a vila mais parecia um mercado colorido onde por uma gorjeta se podem tirar fotos com estas mulheres e onde se podem comprar souvenirs sem sabermos com certeza que não são importados da China. Há muita controvérsia em redor deste tema pois alegadamente são refugiadas do Mianmar e a visita iria supostamente ajuda-las. No entanto, não percebo porque é que não as integram com os restantes tailandeses e lhes dão trabalhos e vidas normais em vez de criarem campos fechados onde as únicas pessoas que veem são turistas e não locais.

Acabamos no entanto por fazer uma coisa bem turística. Quando estavamos em Koh Samui uns meses antes, ouvimos todos os dias e varias vezes por dias carrinhas com a música do Rocky e uma voz num sotaque americano improvisado a vender bilhetes para um dos muitos combates de Muay Thai. Na altura preferimos não ir pois tivemos receio de se tratar de uma luta meia falsa, organizada para entreter turistas. Em Chiang Mai tivemos uma sensação diferente e achamos que iriamos ver uma luta real e não nos enganamos. Apesar de o local não ser bem o que imaginamos(tinha pouca gente, muita luz, era amplo, poucas apostas e álcool) as lutas foram bem autênticas. Vimos diferentes categorias desde homens, mulheres e crianças a lutarem. A última luta foi a mais excitante pois acabou com a mulher americana a ganhar a uma tailandesa ensanguentada. Conhecemos um casal espanhol adorável e apostamos com eles uma quantia irrisória em cada combate só para intensificar a diversão e no fim tudo acabou bem.

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Como é comum, alugamos uma mota e fomos dar uma volta pelo parque nacional Doi Suthep que fica localizado numa colina acima de Chiang Mai. A caminho passamos por alguns miradouros e subimos um templo Budista. A estrada serpenteava cuidadosamente por entre uma floresta. Visitamos uma vila Hmong mas tudo que vimos foram barracas a vender artesanato mais ou menos autêntico desta minoria étnica. Paramos num restaurante onde comemos um arroz frito na companhia de um galo e um cão com as sobrancelhas pintadas.

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De Chiang Mai também fizemos uma viagem de 3 dias até Pai. Deixamos as nossas mochilas grandes na guesthouse e levamos apenas as coisas mais importantes. Quando voltamos, para o que seria a nossa última noite antes de seguirmos para o Mianmar, como despedida decidimos ir comer um último Pad Thai e fazer mais uma massagem Tailandesa. No dia seguinte de manhã, exactamente no centésimo dia desta viagem acordei com todos os sintomas possíveis de uma intoxicação alimentar e após umas horas e nenhumas melhorias fomos ao hospital. O Renato ainda não estava com muitos sintomas por isso o médico deu-me consulta só a mim. No entanto, ainda no hospital começou a sentir-se literalmente merdoso e no final acabamos por dividir a medicação que me tinha sido recomendada pois tínhamos comido exactamente o mesmo e tínhamos todos os mesmos sintomas. Passamos mais dois dias em Chiang Mai, quase sempre na cama no nosso quarto que não era assim tão confortável. Vou lembrar-me por muito tempo da paredes azuladas e da ventoinha castanha  daquele quarto sempre que a conversa for o meu já-não-tão-favorito Pad Thai.

Se calhar devia falar da cidade propriamente dita. Chiang Mai é o sítio perfeito para turistas iniciantes, como uma Bangkok muito mais tranquila. A “parte antiga” é fechada, rodeada de paredes de pedra e tem tudo o que precisam: tranquilidade, bares porreiros e restaurantes, agências de turismo, alugueres de motas e muito muitos templos. Por toda esta zona se pode andar a pé e pela noite pode-se sair dos muros vermelhos e seguir pelo mercado com souvenirs e comida local e por algumas ruas de bares e festa onde os homens velhos e mais solitários do oeste passam o seu tempo rodeados pelas jovens tailandesas. Conhecemos um belga de meia idade que estava em Chiag Mai pela sétima vez e estava a enamorar uma das “empregadas”.

Depois de dois dias aborrecidos a curar a intoxicação alimentar saímos da Tailândia com a sensação de que ainda ficou muito para ver, especialmente no norte e que um dia haveremos de cá voltar.

Magda

9 comments

  1. I can’t WAIT to see Chaing Mai! Although it looks like there’s a lot to do.. and not to do 😉 I plan in eating… a lot. For like a week strait. Enjoy your time there!

  2. I love Chang Mai, although I spent all my time in the old town. I would love to go back someday and visit Pai also. Great post!

  3. Thank you Chantell! Yes, the old town in Chiang Mai is really nice, we spent there most of our time as well. Pai was a bit different story, not many places to visit, but a great place to chill out and meet other fellow travelers. We also hope to go back some day and explore north Thailand a bit more 🙂

  4. Hello Danielle! Thanks for your comment and enjoy your time as well! Hope you like it, actually I’m quite sure you will like it! 🙂

  5. Bardzo słuszne decyzje – dokładnie te same miejsca ominęłam i chciałabym, żeby więcej turystów tak robiło, bo wtedy przestałyby się opłacać takie atrakcje. Północ Tajlandii mnie w ogóle nie urzekła w przeciwieństwie do muay thai, które obejrzałam bardzo z bliska (http://www.hamaklife.com/azja/tajlandia/muay-thai-tango/),a przejście lądowe do Birmy było zamknięte…przy okazji każdej mojej obecności w Tajlandii. Lecieliście samolotem?

  6. Ojej zatrucie to niefajna sprawa, w kwietniu dopadło nas na Kubie. Trochę mnie ta twoja Tajlandia przeraża. Sanktuaria ze zwierzętami to koszmar, strasznie mi żal zwierząt tam trzymanych.

  7. Mam to samo odczucie co do słoni jak Ty – bardzo chciałabym trochę z nimi poprzebywać, ale na pewno nie płacąc za przejażdżkę, bo wiadomo, jak te słonie są traktowane. Mam nadzieję, że w końcu tamci ludzie w końcu nauczą się, że zwierzęta też czują i że to nie są przedmioty, z którymi mogą robić to co chcą.

  8. Nie, wjeżdżaliśmy lądem przez Mae Sot. W zeszłym roku otwarto kilka granic lądowych więc nam się udało 🙂

  9. Dobrze zrobiliście, świadoma turystyka to podstawa, chociaż czasem chciałoby się obcować z tygrysem, wiedząc, że nie zostanie się zjedzonym… 😉

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