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Viagem de 28 horas de Koh Tao para Siem Reap

Koh Tao to Siem Reap-4

Eram 3 das tarde quando apanhamos o barco que nos levou de Koh Tao a Chumpon. O mar estava um pouco agitado devido à chuva forte que se fez sentir momentos antes da partida mas a viagem decorreu sem problemas.

Koh Tao to Siem Reap-1

Koh Tao to Siem Reap-2

Chegados a Chumpon, deveríamos ter esperado 3 horas pelo autocarro que nos levaria a Banquecoque mas nem duas horas depois estávamos a entrar na excêntrica camioneta cor-de-rosa que rapidamente se pôs a caminho da capital. Chegamos às 3 horas da manhã, precisamente 12 horas depois de termos saído de Koh Tao. O horário previsto de chegada era às 5 da manhã pelo que tínhamos planeado passar aquele dia em Banguecoque e seguir viagem no dia seguinte em direcção à fronteira com o Camboja. Como chegamos duas horas antes do planeado, tivemos tempo de apanhar um táxi, o único que concordou em ligar o taxímetro e não estabelecer um preço antes de partirmos, e ir até à estação de comboios a apenas 3 km da paragem do autocarro. Compramos bilhetes para Aranyaprathet, a última cidade da Tailândia antes da fronteira. O comboio, com carruagens apenas de 3ª classe e movido a motor a diesel foi um óptimo meio de transporte alternativo às habituais camionetas cheias de neons. Simples mas confortável e sempre com as janelas abertas, permitiu ver um pouco da Tailândia mais rural.

Koh Tao to Siem Reap-3

Chegados a Aranyaprathet, 6 horas depois, procuramos uma carrinha pickup que serve de táxi comum e por apenas 15 Bahts fomos até à fronteira. Uma das senhoras que estava dentro da carrinha fez questão de nos indicar o caminho do posto fronteiriço assim que paramos junto da fronteira. A saída da Tailândia foi rápida e logo nos pusemos em marcha para o centro de emigração do Camboja para procedermos aos nossos vistos.
Tínhamos lido muito sobre esta fronteira e sobre como há centenas de pessoas a tentarem aldrabar os turistas que chegam por terra, tanto com promessas de câmbios de dinheiro, com vistos que acabam por ser falsos, táxis manhosos e tudo mais. A verdade é que apareceu alguma desta malta mas tudo correu bem. A única coisa em que cedemos e que já sabíamos que iria acontecer, foi com os polícias que nos entregam os vistos. O preço normal do visto é de 30USD mas estes senhores cobram 150 Bahts de “custos administrativos”. Há inclusive papeis afixados com esta tarifa que não existe. O que aconteceria se não estivéssemos dispostos a pagar este subornozinho seria que talvez passássemos umas horas à espera do visto em vez dos 2 minutos que demorou. Depois do visto feito e carimbado um pouco mais à frente, apanhamos um autocarro gratuito, para a estação de camionetas e 30 minutos depois embarcávamos para mais uma jornada de 3 horas até Siem Reap.

O autocarro não era o mais confortável mas como a viagem não foi muito longa e o condutor fez uma paragem de 45 minutos a meio do percurso tudo correu bem. Chegamos a Siem Reap, já de noite e fomos largados no meio de uma estrada, relativamente perto centro da cidade. Tínhamos conhecido um casal alemão, a trabalhar em Banguecoque, que tinha vindo passar o fim de semana prolongado ao Camboja e decidimos seguir com eles até ao seu hotel na esperança de lá podermos passar a noite. Estava cheio e mesmo eles, que tinham feito reserva não tinham quarto. Saímos e rapidamente nos instalamos num hotel na mesma rua e ainda mais barato.
No final foram 28 horas de viagem que passaram no piscar de olhos, tal era a ansiedade de chegar a um sítio novo, com gente nova e diferente. Estávamos no Camboja.

Renato

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