Descoberta cultural do Sri Lanka de António Carvalho e Marta Reis Ribeiro

Desde que o destino nos cruzou, todos os anos partimos à aventura e arriscamos conhecer um diferente cantinho do mundo.
Este ano, durante um jantar de aniversário, fomos impulsionados por um casal amigo para explorar dois países asiáticos… muito especiais! A India e o Sri Lanka.
Optamos por vos dar um cheirinho da nossa passagem pelo Sri Lanka, ou Ceilão, um país que agora começa a ser mais divulgado e digamos até na moda.
A Viagem realizou-se em Junho e uma vez que nesta altura do ano é uma zona bastante afretada pelas monções decidimos evitar a parte oeste e sul do país.
O Sri Lanka é um país com um clima tropical e isso sentiu-se mal aterramos no aeroporto da capital, Colombo.
O povo, no geral é bastante simpático e nota-se que fazem um esforço para receber da melhor forma.

Cerca de 70% da população tem como religião o budismo e por isso, a imagem do “Buda” está espalhada por todo o lado.

Sentimos desde o início que o Sri Lanka é um país muito pouco desenvolvido. Na nossa opinião, não é “uma Índia para principiantes” como muitos dizem… aliás não dá para comparar. É sim, um país com uma simplicidade e natureza pura, onde a mão destruidora do homem ainda não chegou.

A nossa visita ao Sri Lanka durou uma semana e apostamos, sobretudo, na descoberta cultural e na costa este (praia). Escusado será dizer que grande parte da viagem foi passada dentro de “tuc tucs” ou táxis, uma vez que as estradas e o trânsito são um caos (por exemplo durante uma viagem entre o hotel e o aeroporto de Colombo tivemos 3 furos). Demoramos “horas infinitas” para cumprir qualquer percurso.

Começamos em Nuwaraeliya. É considerado o local mais importante para a produção do famoso chá do Sri Lanka ou Chá do Ceilão (o principal produto de exportação do Sri Lanka). Nuwaraeliya tem um clima muito especial devido à sua altitude e por isso tivemos de vestir quase toda a roupa que trazíamos na mochila.

Para vislumbrar cada tom de verde, decidimos apanhar o comboio turístico recomendado por diversos blogs. Apesar das paisagens encantadoras que esta viagem
nos ofereceu, podemos afirmar que não valeu a pena, face ao número de horas que tivemos de passar num assento de um comboio pouco confortável. (A verdade é que naquele momento já estávamos exaustos, após uma semana intensa na Índia e isso não ajudou). A meio do percurso entre Kandy (cidade onde pernoitamos) e Dambulla (próxima paragem) visitamos um orfanato de elefantes: The Millennium Elephant Foundations. Facebook

Já em Dambulla, paramos para visitar o famoso templo budista construído sobre uma rocha e as 5 conhecidas grutas. Logo à entrada, encontramos um buda dourado a 30 metros de altura que parecia observar-nos.
Nas grutas foi possível encontrar frescos com motivos religiosos e imensas imagens de budas. Na primeira gruta foi possível contemplar um buda esculpido na rocha com 14 metros de comprimento.

Este local é considerado sagrado e como tal os sapatinhos ficaram de lado… embora vigiados a troco de algumas rupias, não fosse algum macaco roubar-nos.

Aqui é proibido tirar fotografias de costas para os budas (Soubemos disso, ao sermos obrigados por um segurança a apagar as fotografias que tínhamos tirado, inocentemente, dessa forma…)

A terceira paragem foi em Sigiriya, uma antiga fortaleza construída num rochedo pré-histórico, rodeado por uma imensa vegetação. É hoje considerado património da Humanidade.

Até atingirmos o cume da rocha, tivemos de subir incontáveis degraus e caminhar sobre andaimes duvidosos. Até lá, fomos presenteados com muita história, toda ela “bordada” naquele rochedo.

Já no topo, a paisagem fundida com as ruínas que em tempos foram grandes palácios, piscinas e jardins… é encantadora! Mas atenção! Não é o local ideal para quem sofre de vertigens!

A última “paragem cultural” foi em Polonnaruwa. Aqui podemos visitar uma cidade em ruínas, considerada uma jóia arqueológica. Foi construída pelos primeiros governantes do reino do Sri Lanka e invadida e destruída pelo rei indiano e as suas tropas.

Ao longo de Polonnaruwa foi possível encontrar várias “Stupas” ou “Dagobas”, grandes obras arquitectónicas, construídas para consagrar as relíquias de Buda.

Este é hoje um local mágico, com inúmeros budas esculpidos e com vários locais de oração.

Para terminar em beleza esta viagem, o mergulho no Oceano Índico foi obrigatório!
Passamos três dias na praia de Passikudah, Kalkudah. Uma praia encantadora, ainda pouco explorada, que em tempos foi totalmente devastada pelo Tsunami de 2004.

Muito mais poderíamos “mostrar” sobre esta viagem…

Agradecemos ao Renato e à Magda por nos proporem a partilhar um pouco da nossa viagem no blog.
Continuem a fazerem-nos sonhar com as vossas grandes aventuras

António e Marta