Hanoi é uma cidade vibrante e cheia de energia. A azafama é constante e há milhares de motas por todo lado. Em sentido contrário como se nada fosse e sempre sem capacetes. As ruas estão repletas de lojas de tudo o que se possa imaginar. Lojas de café, agências de viagens, lojas de roupa manhosa, restaurantes, bares e tudo mais. Vendedores de comida de rua ocupam os passeios cheios de pessoas. Malta joga badminton e faz exercício nos poucos espaços livres que encontram.
Não dá para simplesmente caminhar no passeio. Andar a pé por Hanoi é como um jogo de corridas com muitas curvas inesperadas, buracos e armadilhas. Passaste a rua sem seres atropelado? Tens direito a bónus!
Hanoi é uma mistura de uma cidade asiática com uma cidade europeia. A parte francesa, situada mesmo em frente ao lago da parte antiga é muito mais pacifica, tranquila e espaçosa. Não há mercados de rua, vendedores de comida…pelo menos não há tantos.
Estamos numa grande cidade. Parece incrível à primeira vista.
Seguimos em primeiro lugar para o lago Hoàn Kiếm. Diz a lenda ainda haver uma das tartarugas gigantes que lá habitavam antigamente. Ali pudemos visitar o templo Ngoc Son do séc. XVIII e que é acessível por uma ponte vermelha de madeira. Do lado oposto do lago, numa ilhota pequena, pode ver-se a torre Tháp Rùa construída para celebrar a lenda que conta a história do encontro entre o imperador Lê Lợi e uma das gigantes tartarugas. Para essa ilhota não há uma ponte por isso talvez fosse ali que estava a tartaruga escondida. É interessante como é calma esta zona da cidade. O parque estreito que contorna o lago parece um pequeno oásis onde as pessoas relaxam nos bancos, falam ou jogam entre eles. Não se vê sinais do caos que existe uns metros ao lado.
Enquanto nos dirigíamos para o templo da literatura passamos por uma linha de comboio que atravessa a um bairro residencial como se de uma qualquer outra estrada se tratasse. Uma coisa fora do normal. O comboio passa a centímetros da entrada das casas. Qualquer passo em falso pode acabar numa tragédia. No entanto o comboio passa apenas duas vezes por dia.
O templo da literatura, Văn Miếu, existe ali desde o séc. IX e é um dos muitos no Vietname dedicados a Confúcio. Ali se encontra a primeira universidade nacional do Vietname. O recinto é constituído por 5 pátios que serviam diferentes propósitos.
A parte da cidade onde se encontram o palácio presidencial, o parlamento o museu e o mausoléu de Ho Chi Minh é moderna e com avenidas largas. Vê-se algumas cabines com agentes da autoridade que não deixam os turistas entrar num sítio ou outro. Todo este espaço aberto e de cores claras dão um ambiente um pouco estéril a toda esta zona mesmo com todas as bandeiras do Vietname e do partido comunista espalhadas um pouco por todo lado. Parece tranquilo tal como o parque que rodeia o lago mas de uma maneira forçada talvez. Muito espaço quase sem pessoas.
Pela noite, de volta ao centro histórico há uma agitação constante. Os locais saem às ruas para beber e num dos quarteirões mais famosos os imensos bares e pequenos restaurantes disponibilizam centenas de bancos minúsculos de plástico onde as pessoas se sentam mesmo na rua e bebem até às tantas. O que mais gostamos neste sítio é que não há uma divisão entre turistas e locais. Todos festejam juntos e em harmonia e à medida que vai escurecendo a multidão mistura-se por completo. É algo que ainda não tínhamos visto até agora. Havia em Ho Chi Minh uma zona de diversão nocturna enorme mas era frequentada em grande parte por estrangeiros apenas e raramente se viam locais a beber e a confraternizar. A noite em Hanoi tem um ambiente fantástico.
Magda e Renato
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