Decidimos mudar-nos para o Dubai em Fevereiro de 2014. Eu fui no início do mês e a Magda trinta dias depois. Apesar de alguma incerteza de ser este o movimento certo, acabou por se revelar a melhor opção. Comecei a trabalhar 3 semanas depois de ter chegado portanto quando a Magda lá chegou já estavam as coisas mais ou menos alinhadas. Ela arranjou trabalho em quatro semanas e ainda teve varias opções por onde escolher.
Durante estes primeiros meses, andamos literalmente com a casa as costas. No mês que estive sozinho estive em casa do Victor e da Irma, amigos de longa data que nos ajudaram com tudo o que puderam. Quando a Magda chegou, alugamos a casa de um conhecido do Victor que foi de férias por 3 semanas. Ficamos literalmente no prédio ao lado do prédio dele, em Jumeirah Lakes Towers. Quando chegou a hora de sairmos, mudamo-nos para um Easy hotel em Jebel Ali, o mais barato que encontramos por apenas 4 dias. Depois encontramos um apartamento que alugamos por 250 AED por dia em Discovery Gardens onde ficamos por mais 3 semanas ate encontrarmos a nossa casa definitiva. Depois de sabermos onde a Magda ia ficar a trabalhar acabamos por voltar para Jumeirah Lakes Towers onde alugamos um estúdio por 60000 AED por um ano.
A partir desse momento foi fazer contas a vida e começar a poupar para a viagem.
Estava a trabalhar em Tecom pelo que me demorava cerca de 15 minutos a chegar de casa ao trabalho de táxi. Pela tarde voltava de metro. Entre Internet City Metro station, que é a estação de metro que serve Tecom, e Dubai Marina Metro Station (mais tarde o nome mudou para Damac Properties) são apenas duas paragens e faz-se bastante rápido. A razão pela qual de manhã não usava o metro era porque tinha que usar gravata todos os dias e se tivesse que fazer o caminho a pé entre a casa e o metro e o metro e o trabalho, apesar de serem 5 minutos para cada lado, chegaria todo encharcado ao trabalho em grande parte dos meses do ano.
O calor ganha um novo significado quando se passa um verão inteiro por cá. Não se pode andar na rua por mais que 3 minutos sem se ficar todo molhado. A humidade atinge níveis soberbos e mesmo de noite é desagradável andar lá fora por mais que meia dúzia de minutos.
No entanto, as obras não param e mesmo durante o Ramadão, quando quem o segue não bebe uma gota de água nem come uma migalha de pão durante o dia, vê-se a malta nas obras e dá apenas para imaginar o esforço que estão a fazer.
De Outubro até Março o tempo é fabuloso e sempre tempo de praia e praia essa não falta.
O Dubai tem definitivamente coisas mais caras do que em Portugal ou a Polónia com são o caso do alojamento, do café e do álcool. A escola para os miúdos é outra despesa muito grande para quem os tem mas há muitas empresas que incluem isto no pacote salarial tal como o seguro de saúde. Salvo estas excepções não vi nada de extraordinariamente caro. A gasolina é estupidamente mais barata. O tabaco muito mais barato. A comida num supermercado é ao preço mais ou menos equivalente a Portugal, salvo algumas excepções claro. Mas considerando os salários médios que cá se pagam aos europeus, consegue-se uma qualidade de vida superior, em média, ao que se conseguiria na Europa. Claro que há muito onde se gastar muito dinheiro. Para alguém que goste de passar a vida nas compras, tem no Dubai as melhores lojas de roupas, acessórios, os melhores e mais caros restaurantes e por aí. Mas tem também muitos sítios onde há coisas muito baratas.
Outro dos motivos que fazem com que a vida nos Emirados se torne muito agradável é o facto de ser um país super seguro. É frequente verem-se bicicletas sem cadeados, motas paradas com os capacetes pousados, malta que deixa os telefones ou as carteiras a guardar a mesa no shopping enquanto vão buscar a comida, filas intermináveis de carrinhos de bebés à entrada da praia e por aí. Para alem disto, é um lugar seguro e diria até ideal para as mulheres. Têm lugares próprios destinados nos transportes públicos se quiserem, nos serviços do governo tem filas próprias entre outras coisas. Um dos grandes mitos que geralmente se tem antes de se visitar o Dubai e que as mulheres tem que ter cuidado com a quantidade de pele que mostram. E uma assunção erradíssima. E só sair a noite e ver que os trajes menores são usados como em qualquer outro sitio na Europa. Quanto a demonstrações de afecto a conversa já é outra. Podem andar de mão dada à vontade em qualquer lado mas se decidirem dar umas beijocas o mais provável e serem repreendidos que pelo segurança mais próximo ou pela família muçulmana ai ao lado.
Álcool não se vê à venda em supermercados normais mas pode comprar-se em garrafeiras mediante a apresentação de uma licença que é muito fácil de obter quando se tem um visto de residência. Nos bares, tem tudo disponível como em todo lado.
Segundo dados no Wikipedia, em 2013 a população dos Emirados era de 9.2 milhões de pessoas das quais, apenas 17% eram nativos. Isto faz com que não seja tão banal quanto isso encontrar e socializar com um Emirati em qualquer lado. Quase metade da população, 42%, são sul asiáticos da Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh e Sri Lanka. Estes ocupam as posições mais variadas no que respeita ao trabalho. Vão desde o empregado menos bem pago ( 1500 AED/mês) ate ao mais poderoso CEO que ganha centenas de milhares por mês. Todos os condutores de táxi são sul asiáticos, a maioria do Paquistão. Há também no Dubai uma quantidade enorme de Filipinos.
É muito comum uma pessoa ir a passar em frente aos restaurantes e lojas em qualquer lado e ser bombardeada com o típico” Hi Mam, Hi Sir, His Mam Sir”. Outros emigrantes que não Árabes ou Asiáticos, tal como nós, representam apenas 6% da população.
Prevejo muito sinceramente que a população não pare de crescer tão cedo. Em 2000 estavam cá 3 milhões de pessoas. Em 2013 estavam 3 vezes mais. Trabalho parece não faltar, construção também não e espaço para continuar, sinceramente não vai acabar tão cedo.
A verdade é que gostámos de lá estar, quer pela receptividade com que o país nos acolheu, quer pela aparente facilidade com que nos instalámos e tão rapidamente atingimos os nosso objectivos financeiros para a viagem. É possível que voltemos…
Renato
Hej! Ciekawe informacje 🙂 A możecie powiedzieć, w jakiej branży rozpoczęliście pracę? Czy znalazłeś ją jeszcze poza Dubajem, czy już będąc na miejscu? Na jakim poziomie była Wasza znajomość języka angielskiego wyjeżdżając do Dubaju?
Hej! Dzięki! Renato pracował w HR, jako recruiter, ja w małej prywatnej szkole, uczyłam angielskiego. Obydwoje znaleźliśmy prace na miejscu po mniej niż miesiącu, choć wysyłaliśmy wcześniej sporo CV, a Renato miał jedną rozmowę nagraną przed przyjazdem. Angielski znamy dosyć dobrze, ja studiowałam Lingwistykę, a Renato posługuje się angielskim bez problemów. Jakbyś miał jeszcze jakieś pytania, możesz pisać na info@eastwego.com, może jakoś uda nam Ci się pomóc 🙂
Nice Blog
thank you for sharing