Como podem ter lido no artigo que escrevemos sobre Chiang Mai, houve uma série de coisas que não fizemos por lá… Não encontramos uma agência que achássemos fiável para fazer um rafting ou um trekking e não conseguimos decidir sobre qual santuário de elefantes seria o mais digno. Quase todas as ruas na parte antiga em Chiang Mai tem pequenos escritórios com agências que vendem todo tipo de tours e pacotes turísticos que fornecem as mais variadas experiências e claro, a preços bastante diferentes. Cheguei a perguntar ao dono no nosso hotel se conhecia alguma agência mas ele mesmo nos pareceu perdido no meio de tantas ofertas. Mais tarde, descobri um website que oferece tours organizadas por locais e não por agências grandes. Oferecem uma grande variedade de tours e e workshops com detalhes acerca dos horários e opiniões de quem usou os seus serviços. Uma iniciativa de louvar que junta os locais aos turistas. Podem ver o seu website aqui bem como outras coisas que podem fazer em Chiang Mai com locais.
A melhor parte da nossa estadia em Chiang Mai foi uma volta de mota que fizemos durante um dia. Depois de uma pesquisa rápida na internet, liguei o meu GPS e fomos descobrir os arredores desta cidade. O tempo estava perfeito – Não estava quente em demasia e estava bastante solarengo. Saímos do centro e seguimos para nordeste para o parque nacional Doi Suthep. A caminho, mesmo antes de se entrar para o parque há um zoo que não tivemos tempo para visitar mas que deve ser uma paragem engraçada. Passamos o zoo e viramos à direita na estrada 1004. Aqui começou uma estrada lindíssima que atravessa a selva em curva e contra-curva montanha acima. Passamos por dezenas de autocarros carregados de turístas fechados num espaço apertado e pensei que bom que era estar livre e sentir aquele vento agradavel na cara. Paramos por um momento num miradouro lindíssimo virado para a cidade.
Mais tarde seguimos rua acima e fizemos a primeira paragem mais longa no templo Wat Phra That. Está localizado no topo de um monte e há um elevador. O sítio tinha muita gente mas mesmo assim decidimos subir. O templo era muito bonito mas havia tanta gente a fazer pose para as selfies que saímos pouco tempo depois. Descemos a pé.
Seguimos depois pela rua principal colina acima e a determinada altura viramos para a direita. Queria encontrar o sítio mais alto possível para ter boas vistas, de preferência encontrar o topo Doi Suthep mas não demos com o caminho e seguimos em frente. Foi um passeio maravilhoso por uma rua sempre muito estreita. Estávamos praticamente sozinhos e apesar de não termos encontrado o miradouro foi excelente.
Seguimos depois para Oeste e acabamos numa aldeia Hmong algo estranha, cheia de barracas que vendem produtos tradicionais de qualidade duvidosa tais como roupas e joalhaeia.
A descida foi brutal. Estava lentamente a ficar escuro e a estrada estava praticamente vazia. O pavimento estava em boas condições e deslizamos montanha abaixo quase sem termos de acelerar.
Foi um dia a não esquecer e recomendo este trajecto de 70km a quem tiver um dia de mota por Chiang Mai.
Magda
Mais fotos da Tailândia aqui.