Tenho de admitir que a capital do Camboja me desiludiu. E cansou-me. Phnom Penh é grande, barulhenta, poluída, suja e com imenso transito e na verdade não é assim tão estimulante.
Chegamos a Phnom Penh já o escuro se impunha. O autocarro parou numa das ruas principais, Como habitual, não tínhamos um quarto reservado e isso tornou-nos um alvo fácil para os condutores de tuc-tuc que nos “atacaram” mal saímos do autocarro. Não sabíamos para onde ir e não tínhamos qualquer mapa ou mesmo GPS(naquele momento senti mesmo falta do meu telefone perdido com os mapas offline). Entramos num edifício moderno que parecia um shopping para ter acesso a wi-fi e procurar por um hotel. Na Ásia o que parece familiar muitas vezes é algo completamente diferente. Era um prédio de escritórios sem um único café dentro. Lá entramos num tuc-tuc e fomos para um dos distritos mais famosos recomendados pelo nosso guia. Acabamos num quarto minúsculo sem janela mas com um preço atractivo de 6 dólares. Já era tarde e decidimos ficar lá por uma noite.
De manhã mudamos de quarto para um com janela com vista para a rua barulhenta. Todas as manhãs éramos acordados pelo tumulto na rua e pelas incansáveis buzinas das motas. Mal saímos à rua fomos novamente abordados por muitos tuc tucs que saltavam à nossa volta. Decidimos caminhar até à beira rio e conhecer um pouco melhor a cidade. Percebemos imediatamente que não é uma tarefa fácil. Há passeios mas estão cheios de motas, carros e stands de comida. Tivemos que caminhar pela rua onde todos conduzem pelas suas próprias regras e buzinam quando querem virar, ultrapassar, abrandar, avisar ou pura e simplesmente informar: “estou a caminho”.
Visitamos a caminho um estranho mercado central construído em 1927 num estilo Art Deco. É um mercado interessante com uma grande cúpula central e quatro grandes corredores que se espalham a partir do centro. Não tenho a certeza se é bonito… Podem encontrar de tudo lá dentro desde souvenirs, cosméticos, coisas electrónicas, joelharia e outras coisas mais ou menos úteis.
30 minutos depois encontramos a calma rua 178 ao pé do rio. Ah, as ruas em Phnom Penh tem números e não nomes. Dá a impressão de que seria fácil de encontrar qualquer rua mas a numeração não obedece a uma lógica por isso dois números seguidos podem estar a quilómetros de distância. Percebemos isso quando procurávamos um bar num últimos andar que tínhamos ouvido falar.
Algumas ruas perpendiculares ao rio, próximas do Palácio Real são a parte mais agradável da cidade. A rua 178, conhecida pelas galerias de arte está cheia de pequenas galerias e lojas com esculturas e pinturas. A rua 240 também merece destaque. Está repleta de lojinhas com souvenirs e restaurantes. Foi aí que vimos as bicicletas feitas com quadros de bambu. Modernas e muito leves. Excelente ideia.
O Palácio real no fundo também nos desiludiu um pouco mas se calhar depois de termos visitado uma dúzia de templos budistas esperávamos algo especial e diferente. O pagoda prateado é bonito mas em geral o complexo como um todo não impressiona, por exemplo, como o Palácio real em Bangkok. Pelo menos pudemos visita-lo sem a enchente de turistas habitual.
Visitamos mais um templo em Phnom Penh, Wat Phnom e o Mercado Russo.
A parte mais interessante na capital Cambojana foram o Museu do Genocídio Tuol Sleng e os Campos da Morte Choeung Ek. É precisamente devido a esses dois sítios que se deve visitar Phnom Penh. Além disso, não há muito para ver.
Mais fotos do Camboja aqui.
Magda
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