Passamos bastante tempo em Vientiane pois ficamos ali “presos” enquanto esperamos pelos vistos para o Mianmar. Chegamos numa quinta feira de tarde e por isso na sexta feira de manhã cedo alugámos duas bicicletas e fomos até à embaixada. Acontece que era feriado no Mianmar e a embaixada estava fechada o que significou que tivemos que passar quase toda a semana pela capital do Laos.
Depois de seis dias pelo interior do país de mota, Vientiane pereceu-me muito barulhenta e lotada. Nos primeiros dois dias ficamos “enterrados” no quarto do hotel e praticamente só saímos para jantar. Tinhamos imenso tempo e decidimos adiar as visitas para os dias seguintes.
Ainda estava com dores no estômago e a ideia de ir para o Mianmar doente era um pouco assustadora. No segundo dia estava com muitas dores e não conseguia dormir com as dores. Como estávamos numa cidade grande e mais ou menos “moderna” decidimos ir ao hospital e ver se não era nada de mais grave. Por volta da meia noite fomos às urgências do hospital mais próximo que encontramos no google. Felizmente, um dos médicos falava inglês. Preenchi alguns papeis e deitaram-me numa cama numa sala comum a outros doentes. Estava meio escuro, estranho e silencioso. Algumas crianças e idosos que ali estavam a ser assistidos e estavam a soro não estavam separados sequer por uma cortina. Claro que éramos os únicos estrangeiros ali e toda a gente olhava para nós. Depois de um exame curto que consistiu basicamente numa medição à pressão sanguínea e temperatura e um exame rápido com as mãos na minha barriga o médico disse que não deveria ser nada de grave. Deu-me alguns medicamentos e disse-me que se a dor não parasse deveria fazer mais exames para detectar a presença de parasitas. Durante os próximos dias cada visita à casa de banho foi uma aventura. As dores pararam e não vi parasitas 🙂
Vientiane não se parece com uma capital. Não há edifícios majestosos nem praças. Os templos não impressionam em demasia. Tem muita gente mas é muito menos lotado que Phnom Penh ou Hanoi por exemplo. Ao longo do rio há um passeio onde os locais caminham e correm para se manterem em forma. Aqui há também um mercado nocturno mas tudo o que se pode encontrar à venda são roupas baratas, relógios falsos, perfumes e souvenirs muito convencionais.
Certa noite reencontramos o nosso amigo Peter, que tínhamos conhecido uns dias antes em Luang Prabang. Seguimos caminhos diferentes e ele foi para Vang Vieng para fazer o famoso tubing, uma espécie de rafting em câmaras de pneus gigantes num rio com algumas paragens com bares e nós fomos para sul para a nossa volta de mota. acabamos a curtir a noite juntos mais uma vez. Por volta da meia noite fomos a uma discoteca local cheia de musica electrónica e muitas luzes coloridas.
Também fizemos uma viagem de mota até Xieng Kuang, o parque dos Budas, uma atracção situada a 30 km da cidade com muitas estátuas hindo-budistas criadas por um padre-xaman em 1958. Criaturas estranhas, deusas com muitos membros e muitas estátuas de Buda com diferentes formas. Enquanto caminhava pelo parque reparei num homem com a cara pintada de branco, sentado de pernas cruzadas a tocar flauta como se estivesse em transe. Quando lá voltei para chamar o Renato ele estava escondido numa barraca de madeira minúscula. Coisa estranha.
Em Vientiane podem visitar o Patuxai, uma versão locar do arco do triunfo em França. Não é particularmente bonito mas funciona como marco do distrito comercial da cidade e como miradouro pois pode-se subir até ao topo para vistas gerais panorâmicas sobre a capital.
Tivemos imenso tempo em Vientiane mas acabamos por apenas visitar um templo, o Wat Si Saket, que se diz ser o templo mais antigo de Vientiane(construído apenas em 1824). Tem alguma pinturas interessantes dentro e imensas esculturas em miniatura de Buda.
Tenho que admitir que não fizemos bom uso do tempo extra que por lá estivemos devido ao atrazo nos vistos mas a cidade não me fascinou assim tanto e isso não me motivou a conhecer outros templos e atracções.
Magda
Mais fotos do Laos aqui.
Wow, jakie niesamowite jest to niebo na pierwszym zdjęciu! Wygląda jak grafika komputerowa albo coś innego, nieprawdziwego 🙂
Dzięki Ola! Tak, trafił nam się wtedy ładny zachód słońca 🙂