Até o nosso guia (livro) nos indicava que a maior atração da vila seria um passeio pela ponte para se admirar as casas em madeira ao longo do rio. Fomos para Nong Khiaw com a intenção de descançar um pouco(não que estivessemos muito cansados depos de Muang Ngoi), trabalhar no blog e levantar dinheiro pois não havia nenhuma caixa multibanco na aldeia anterior e estavamos praticamente sem dinheiro. Encontramos um quarto agradável com vistas para o rio e a ponte e durante 3 dias quase não nos mexemos.
Já estávamos no Laos há quase uma semana e a minha mãe perguntava-me o que estávamos a fazer, o que andávamos a visitar e como é o país. A verdade é estivemos os primeiros tempos a relaxar em aldeias pequenas à beira rio onde não havia as típicas atracções turísticas. Mas não nos queixamos de todo.
Em Nong Khiaw celebramos o meu aniversário. Apesar de uma manhã intensa à procura de bolo ou até mesmo uma tarte, acabei por soprar as velas de um gelado seguido de um pequeno almoço enorme: panquecas de chocolate com frutas frescas e quase na cama ainda (comi ainda de pijama no terraço em frente do nosso quarto).
Depois do almoço alugamos uma mota para ir ver a maior atração da vila: três grutas situadas a um par de quilómetros do centro. Pagamos um bilhete a um preço irrisório e um homem com o seu filho vieram fazer de guias. Uma das grutas estava fechada devido ao numero elevado de cobras venenosas. Para chegar ás outras duas grutas foi necessário passar por uma ponte improvisada em bambo bem como por um caminho muito estreito e rodeado de arbustos e plantas que nos impediam de ver onde púnhamos os pés. Aquela informação sobre cobras venenosas assustou-nos um pouco pois ambos tinhamos chinelos e isso não o melhor calçado para se andar num sítio com criaturas que mordem.. Sentimo-nos um pouco melhor no entanto pois reparamos que o nosso guia bem como o seu filho apenas tinham chinelos também e este último corria por entre a erva densa sem qualquer tipo de receio. As grutas propriamente ditas não foram nada de especial e depois de “treparmos” os degraus de cimento não entramos mais que uns 20 metros em ambas. Estas grutas serviram de refugio ás tropas Vietnamitas que ali se abrigavam durante os bombardeamentos americanos.
Mais tarde e já de volta à nossa motinha seguimos por um estradão de terra largo até uma pequena aldeia Khamu. Seguimos ao longo do rio e de vez enquanto pudemos vislumbrar o vale com o rio acastanhado por detrás do arvoredo. Na vila os miúdos acenavam-nos mas os adultos pareciam não gostar muito da nossa presença pelo que voltamos rapidamente à estrada principal.
Nong Khiaw está longe de ser o sítio mais interessante no Laos mas a paisagem deslumbrante com os seus montes de calcário e a atmosfera relaxante compensam tudo.
Informação prática:
Transporte:
Barco de Muang Ngoi para Nong Khiaw: 25000 KIP por pessoa | 45-60 min.
Mini bus até Luang Prabang: 40000 KIP por pessoa | 4 horas através de estradas de terra e esburacadas. É melhor comprar os bilhetes directamente na estação que fica a cerca de 1,5 km do centro. Da zona do cais também se podem comprar bilhetes para carrinhas privadas mas são bem mais caras e dependem do numero de passageiros mas fica á volta de 100.000 KIP.
Estadias:
A maioria dos quartos ficam localizados do lado oposto do cais onde chega o barco de Muang Ngoi. Logo a seguir à ponte do lado esquerdo podem encontrar o Sunrise Bungalows que são umas cabaninhas em madeira mas com preços diferentes consoante a qualidade e outras opções como A/C ou casa de banho partilhada. Tivemos a sorte de estar no nosso grupo de bungalows sozinhos e pagamos 40000 KIP por noite ( Época baixa em Setembro) Há WiFi disponível mas apenas na recepção/restaurante.
Depois da ponte, a cerca de 200 metros há uma rua mais estreita que podem seguir e encontrar alguns hoteis, bungalow e restaurantes.
Alugar mota: 50.000 KIP para meio dia(suficiente para se visitar as caves e a aldeia).
Magda
We heard good things about the sleepy village of Muang Ngoy, north of Luang Prabang, and that was all we needed to book a ticket.