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Diários de uma viagem de mota: Laos

Sabíamos que queríamos fazer uma viagem diferente no Laos. Queríamos percorrer tanto quanto possível o país de mota. Ouvimos dizer que havia uma empresa de aluguer de motas em Luang Prabang que permitia entrega-las em Vientiane. Era perfeito para o que queríamos. Também ouvimos falar num circuito mais famoso que se pode fazer mais a sul. Decidimos então sair de Luang Prabang, descer para sul e fazer o circuito e depois seguir para Vientiane.

Fomos ter com o Tim, o dono da loja que nos permitia fazer o que queríamos e negociamos com ele. Vimos as motas que tinha para oferecer e decidimos por uma Zongshen de 150cc, uma mota de origem chinesa que nunca tínhamos ouvido falar antes mas que parecia ser indicada para aquele tipo de viagem. Foi então que decidimos que levaríamos apenas uma das mochilas na mota. Carregamos tudo o que precisávamos para a minha mochila, pois é maior um pouco que a da Magda e ele ensinou-nos como prende-la bem na mota de modo a que não caísse nem nos desequilibrasse.

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Alugamos inicialmente a mota por 4 dias e acordamos que se precisássemos de mais dias era só fazer uma chamada para ele e estender pelo tempo que fosse necessário. Pagaríamos à chegada em Vientiane. A mala da Magda foi despachada pelo Tim para a sua loja em Vientiane juntamente com o meu passaporte, que lhe entreguei como caução.

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Dia 1. Luang Prabang para Phou Khoun – 129km

A primeira parte da viagem, até Phou Khoun, passa por zonas montanhosas e muito verdes e por alguns miradouros interessantes. Não apanhamos chuva neste primeiro dia mas escapamos-lhe por meros minutos pois a estrada estava molhada. Vimos alguns deslizes de terras que tinham acontecido pouco antes. É um problema muito comum por estes lados.

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Ao longo do caminho passamos por algumas aldeias mais pequenas que ficam à face da estrada e numa delas o impensável aconteceu. Não ia a mais que 50 km/h numa recta quando um grupo de pintainhos decidiu correr para o meio da estrada. Nem sequer me tentei desviar para evitar uma possível queda. Meti a mão e o pé aos travões e travei o mais que pude mas não tive tempo absolutamente nenhum. Foi uma decisão que tive que tomar num milésimo de segundo e acho que fiz bem. Quando finalmente paramos uns metros mais à frente, olhamos para trás e la estava um pintainho morto no meio da estrada. Voltei para trás e perguntamos por gestos que era o dono das galinhas. Uma senhora idosa disse-nos que o dono estava no campo a trabalhar e que não havia problema. Podíamos seguir em frente. Saquei da carteira para perguntei quanto. Ela fez-me sinal com um dedo e paguei 10000 LAK(1,22 USD).  Falava zero inglês mas conseguimos entender-nos. Enquanto comunicávamos toquei com a minha perna no cano de escape da mota e fiz uma valente queimadura na canela. doeu imenso na altura mas depois de alguma água fria aliviou e seguimos caminho.

Chegamos a Phou Khoun pouco tempo depois. Fomos a 4 guesthouses mas muito sujas e sem wi-fi. Escolhemos uma perto da rotunda central por 80.000 LAK mas muito suja também. Muitos mosquitos, borboletas e geckos(lagartos). Não havia mais por onde escolher.

Phou Khoun é muito pequena com um mercado de comida muito sujo mesmo no centro.

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Acabamos a jantar com um homem com mais de 60 anos que está de bicicleta a viajar há um ano e meio pelo Camboja, Vietname e Laos.

É Escocês e garantiu-nos que gosta muito de beber a sua pinga. Tem um blog www.stillroamin.blogspot.com onde descreve as suas viagens.

O restaurante não tinha menu, apenas um prato. Sopa de massa de arroz e galinha pelo que não tivemos outra hipótese.

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Dia 2. Phou Khoun para Tha Viang – 225km

Saímos bem cedo de manhã e depois de atestar o deposito numa bombas de gasolina improvisadas na beira da estrada estávamos novamente a caminho.

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Passamos por algumas aldeias bem interessantes e paramos para almoçar um arroz frito(fried rice) e um arroz pegajoso (sticky rice) num restaurante ao pé de um rio que tinha também alguns insectos à venda. A comida estava bem saborosa. É engraçado que mesmo que não tendo alguma coisa à venda, os locais raramente dizem que não, e vão à loja ou restaurante ao lado buscar o que quer que tenhamos pedido.

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As montanhas por esta altura já são mais baixas e já se avistam alguns planaltos.

Como me estava a sentir com sono decidimos parar num mini-mercado para beber um café. Comprei uma lata de café frio da nescafé e nunca tinha visto uma lata tão suja. Tive que a lavar bem e mesmo assim bebi o café de palhinha. Ninguém falava inglês e quando tentei explicar-lhe de onde vinha não foi possível. Mesmo depois de um miúdo com uma camisola da selecção portuguesa de futebol se ter aproximado de nós. Apontava para o símbolo na camisola e repetia PORTUGAL mas nada… Mostrei o meu cartão do cidadão e nada…

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Uns quilómetros mais adiante e paramos para visitar os Plain of Jars em Phonsavan. Faz parte de uma serie de 90 sítios arqueológicos na província de Xieng Khouang. Em Phongasavam fica o mais conhecido destes sítios e um dos únicos declarados livres de bombas americanas não detonadas que ainda se encontram no terreno desde o tempo da guerra do Vietname. É uma área aberta enorme com centenas de jarros escavados em pedra. Julga-se que seriam os sítios onde os corpos dos defuntos seriam enterrados durante a idade do ferro. O sítio propriamente dito não é muito interessante. Até os fotógrafos oficiais do espaço estavam a dormir como se estivessem em casa, sem se preocuparem minimamente com os visitantes.

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Paramos depois para levantar dinheiro e comer qualquer coisa. Ponderamos ficar ali naquela vila mas ainda era cedo e tínhamos tempo de seguir até Tha Vieng.

Passamos por mais alguns deslizes de terra. Acho que a única forma de evitar uma coisa destas é a sorte.  

Já em  Tha Vieng encontramos uma guesthouse por 60.000 LAK. Rapidamente nos apercebemos que éramos os únicos estrangeiros naquela vila. Quando saímos para visitar toda a gente nos dizia Sabai Dee que significa olá no Laos. As casas são construídas  com estacas de bambu e revestidas com folhas secas. Parecem tão frágeis.

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Paramos para beber um chá e acabaram por não nos deixar pagar. Estavam apenas felizes por ali estarmos. Eram 6:30 da tarde e o escuro já se impunha. As pessoas recolheram todas ás suas casas e não havia mais nada que pudéssemos fazer senão recolher ao nosso quarto. Não havia internet em lado nenhum.

Dia 3 – Tha Vieng para Lak Sao – 244km

A nossa guest house estava localizada numa bomba de gasolina e depois de voltar a a encher o tanque da minha Zongshen fizemo-nos à estrada. Só paramos em Thaton para o pequeno almoço junto do mercado antigo e comemos novamente arroz frito. O mercado tinha um aspecto meio improvisado. Tinha telhados de chapa e umas vigas de madeira que o seguravam. Ali vende-se comida como vegetais e frutos.

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A Magda não se estava a sentir muito bem. Estava a com dores no estômago mas nada de muito forte pelo que continuamos viagem. Pelo caminho passamos por algumas pontes sobre rios esverdeados e a paisagem era invariavelmente de um verde forte.

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A determinada altura num cruzamento, tivemos que tomar uma decisão. Chegamos ao ponto de não retorno no que respeita à ida para Vientiane. Tinha que ter a certeza que a Magda estava bem antes de descermos mais pois cada vez mais nos afastávamos da capital. Naquele cruzamento podiamos ter seguido directamente para Vientiane e chegar lá no próximo dia de manhã mas ela preferiu continuar.

Chegamos a Lak Sao e depois de umas voltas encontramos um hotel com Wi-Fi e um sítio seguro para guardar a mota por 60.000Kip.

Percorremos o mercado central, um dos mercados mais sujos que já vi até à data. Os caminhos por entre as barracas são em terra e porque tinha estado a chover esta terra era agora lama. Havia crianças a correr por todo lado.

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A Magda continuava com dores no estômago pelo que perguntamos por um médico e foi-nos indicado um “consultório” a umas centenas de metros do hotel. Quando finalmente o encontramos conseguimos explicar o que ela tinha por meio de gestos e com a ajuda de um “tradutor” a quem o médico telefonou e saímos de lá com uma série de medicamentos.

Quando decidimos ir jantar, encontramos um restaurante que parecia ser o que procurávamos. Servia cabrito pelo que achamos que seria uma interessante alternativa ao arroz frito com frango ou à sopa de noodles que comiamos todos os dias. Mas foi uma opção errada. O sticky rice(arroz pegajoso) estava frio e duro e a carne parecia pedra e tudo o que se podia mastigar era a pouca gordura de animal. Para além disso, fomos comidos por mosquitos durante o pouco tempo que ali estivemos.

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A caminho do hotel paramos num mini mercado de rua para comprar umas bolachas para tentar enganar a fome que ficou depois do nosso “jantar”.

Ponderamos passar ali mais uma noite para esperar que a Magda melhorasse e decidimos ver como estaria no dia seguinte.

Dia 4. Lak Sao para Thakek – 146km

A Magda acordou bastante melhor e decidimos fazer-nos à estrada. Tínhamos 146km pela frente até Thakek.

Tomamos o nosso pequeno almoço num restaurante aberto para a estrada e a Magda comeu uma sopinha de noodles de arroz e eu comi um pedaço de frango com sticky rice. Ambos os pratos estavam óptimos.

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Apesar do intenso calor que se fazia sentir, a chuva ameaçava começar a cair a qualquer altura mas nada havia que pudessemos fazer senão andar e esperar pelo melhor.

Uma parte da estrada que liga Laksao a Thakek estava completamente esburacada e enlameada devido a uma cheia recente. Estava finalmente pronto a dar um uso mais apropriado aos pneus todo terreno da minha vermelhinha. Num dos buracos maiores que vimos cheios de lama vimos uma série de búfalos de água a refrescarem-se. Pareciam estar tão confortáveis…

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No troço entre o parque nacional da biodiversidade de Nakai e Nam Theun e a área conservada do parque nacional da biodiversidade de Phou Hi Poun atravessamos imensos lagos que tem troncos que parecem flutuar nas suas águas limpas. São milhares e milhares de troncos que parece que foram espetados e deixados ali propositadamente pelos homens.

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Visitamos uma aldeia que estava à face da estrada mas limitamo-nos a passea-la de mota por uns 5 minutos. Era composta por uma boa meia dúzia de ruas em terra batida e as casas feitas de madeira e bambu.

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A chuva estava a impor-se. Inicialmente muito ligeira e não impedia que seguíssemos caminho. Por fim começou a chover torrencialmente e só passados uns bons 3 minutos encontramos um sítio para nos abrigarmos. Foi o suficiente para ficarmos completamente encharcados. Percebi nestes breves instantes que o meu casaco não é tão impermeável como diz ser. Paramos na primeira casa que encontramos e lá dentro estavam duas senhoras de idade e um homem. Era uma lojinha com meia dúzia de artigos. Estavam lá dentro sentados no chão como se nos esperassem. Rapidamente o homem me ajudou a por a mota dentro da casa. Mais uma vez era uma casa em madeira e coberta de bambu. Trocamos de t´shirts e meias e compramos-lhes uns sacos de plástico para tentar proteger as mochilas mais pequenas que seguiam de lado na mota.

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Chegados a Thakek tivemos a árdua tarefa de encontrar um quarto. Corremos cerca de 6 quartos diferentes até que acabamos por ficar no primeiro onde tínhamos ido. Inicialmente tínhamos achado que era caro demais(100.000 KIP) mas vimos quartos desde o muito sujo até ao caro demais pelo que voltamos ao Mekong hotel. Era só uma noite por isso não achamos que fosse tão mau. Pusemos as nossas sapatilhas a secar na ventoinha do quarto e saímos para jantar.

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Thakek fica situada nas margens do rio Mekong. Do outro lado vê-se Tailândia. A vila é mais animada e muito mais desenvolvida que qualquer outro sítio onde tivéssemos parado até aqui na viagem de Zongshen. Tem muitas casas num estilo arquitectónico colonial francês.

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Quando chegamos ao nosso quarto e abrimos a porta de repente vimos duas baratas a fugir desesperadamente. Assim que começamos a remexer as coisas encontramos mais algumas. Grandes e carnudas. O quarto era limpo e asseado mas a porta tinha uma grande brecha junto ao chão e como estávamos no rés do chão elas entravam e saíam com queriam. Bem que nos queixamos mas se quiséssemos mudar de quarto tínhamos que pagar muito mais e sem garantia que não houvessem mais bichos pelo que metemos mãos à obra ( e ao chinelo) e matamos as que pudemos e expulsamos as outras. No final foram 5 baratas ao todo. Metemos uma toalha a tapar a brecha da porta e vedei a janela toda com fita isoladora que trazia comigo desde uma situação idêntica na Tailândia.

Correu tudo pelo melhor…

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Dia 5 Thakek – Muang Pakxan 191km

Acordamos já um pouco tarde para nos fazermos à estrada para mais uma etapa da nossa aventura. Tínhamos aproximadamente 191km pela frente. Tomamos o pequeno almoço no hotel. Não foi fácil explicar-lhe o que queríamos pedir. Ninguem falava inglês e por fim, através de gestos conseguimos pedir ovos mexidos.

A minha ferida na perna estava e a ficar um pouco infectada com pus pelo que ainda em Thakek, fomos a uma farmácia para comprar alguma coisa para desinfectar. Uma das clientes da farmácia que viu a minha perna ofereceu-se para a limpar ali mesmo e fazer o primeiro curativo. Não disse que não…

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Logo à saída de Thakek, pudemos vislumbrar a friendship brigde que separa o Laos do Vietname e fomos mesmo até à fronteira.

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Mais uma vez a chuva ameaçava cair. A determinada altura achamos que estava mesmo a começar e paramos numa casa onde fomos rapidamente acolhidos pelos locais que apesar de estarem de saída disseram-nos para ficarmos à vontade. Três minutos depois vimos que não ia chover assim tanto pelo que nos fizemos ao caminho. Não passaram mais que vinte minutos até que a chuva começou realmente a cair. Encontramos um abrigo de madeira e ali ficamos enquanto esperávamos. Toda a gente que passava nos acenava e sorria para nós.

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Este troço de estrada é bastante bom e fácil de percorrer. Mesmo bastante molhado pela chuva  fez-se com segurança e alguma rapidez. A paisagem continuava bastante verde mas desta vez as montanhas estavam lá bem longe sendo que ao pé da estrada apenas se viam algum arrozais e intermináveis pastos para o gado.

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Quando decidimos parar para comer algo encontramos uma barraquinha de madeira à face da estrada e paramos para ver o que tinham para servir. Era mais um mini-mercado que um restaurante e tinham noodles instantâneos que aceitamos experimentar pela primeira vez. Mais uma vez ninguém falava inglês mas todos sorriam e ajudavam como podiam. Serviram-nos chá e deram-nos uns pedaços de manga para acompanharem os noodles. Como não podíamos falar com eles puxamos dos nossos mapas para lhes mostrarmos de onde éramos e eles fizeram o mesmo. São provenientes da China e tentaram recomendar-nos alguns sítios por lá. Quando pedimos a conta só nos deixaram pagar os noodles e disseram, creio eu, que o resto era por conta da casa. Disseram-nos que se quiséssemos continuar até Vientiane ainda tínhamos mais 3 horas pela frente pelo que seria melhor ficar em Paksan. Foi isso que decidimos. Já eram 16h e não queríamos andar de noite.

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Paksan é mais uma vila na margem do Mekong e com vista para a Tailândia. Depois de vermos alguns hotéis e guesthouses lá nos decidimos por uma com quartos bastante agradáveis e limpos e a um preço bem razoável. Ali conhecemos três alemães já nos seus 50 anos  que estavam a fazer um percurso semelhante ao nosso, cada um com a sua mota. Todos com queimaduras em sítios diferentes…

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Encontramos um sítio para jantar e pedimos algo que se traduziria como peito de vaca. Sabíamos que era um risco pois nem fazíamos ideia como era cozinhado mas que se pode fazer? Assim que chegou a comida e a experimentamos percebemos que iria ser impossível comer aquilo. Era a carne muito elástica, impossível mesmo. Percebemos que não podia ser aquilo que tínhamos pedido e que algo devia ter-se perdido na tradução. Quando perguntamos ao empregado que nos tinha trazido ele apontou no menu para uma coisa completamente diferente.. Lá pediu imensas desculpas e trouxe a carninha de vaca que desta feita era comestível.

Depois de um passeio a pé por aquela parte da vila fomos descansar. Estávamos estafados.

Dia 6. Paksan – Vientiane – 150km

Acordamos frescos para a última parte da viagem. Tínhamos 150km pela frente e o tempo estava bom pelo que tinhamos a vida facilitada.

Paramos primeiro no mercado central em Paksan para comprar algumas coisas para o pequeno almoço. A Magda ficou à espera na mota enquanto entrei rapidamente para comprar pão mas não encontrei pelo que comprei apenas algumas bolachas e uns sumos. O mercado era, à semelhança de muitos outros pelo Laos, muito acanhado com os seus corredores estreitos e cheios de tudo e mais alguma coisa. As pessoas ficavam todas a olhar para mim com se fosse um extra terreste mas é normal tendo em conta que não estão habituados a ver estrangeiros por estes lados.

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A viagem, tal como prevíramos foi bastante tranquila e chegamos a Vientiane em pouco tempo.

Depois de nos instalarmos no hotel que encontramos ligamos ao Mr.Tim que nos tinha alugado a mota 6 dias antes a dizer que a podiam vir recolher, receber o dinheiro dos dias extra e entregar a mochila da Magda bem como o meu passaporte que tinha ficado do lado deles como caução. A Irmã dele veio ao ter connosco umas horas depois e tudo correu sem problemas e conforme combinado.

Renato

20 comments

  1. Excelente relato de uma bela aventura, sim senhor. Só acho estranho teres de entregar o passaporte como caução da aluguer da mota – por mais confiança que sintas na pessoa, não é coisa que eu recomende muito… 😉

  2. Que viagem incrível! Não imagino como deve ser viajar de moto assim. Muita coragem. Eu fiz todo Laos de ônibus. Adorei o artigo e os búfalos da água são demais né?! Hahahahha

  3. Adoro este tipo de relatos de viagens de mota ou carro. Fico logo em pulgas, a pensar num destino e a querer sair de casa rápido para me lançar a uma nova aventura. Eu identifico-me totalmente com esta vossa viagem. Gosto da maneira simples como divides o trajecto e como explicas passo-a-passo os momentos mais importantes de cada dia. A mota tem muito “boa pinta”. Parabéns e grande abraço.

  4. Olá Renato: mas que grande aventura! Na minha última viagem também houve acidentes, idas ao hospital e multas mas nada comparável. Na altura nem sempre as encaramos assim mas depois são histórias que ficam e por vezes até nos fazem sorrir.

  5. Renato,

    Que aventura! Ainda não tive a oportunidade de conhecer o Laos (o mais perto que estive foi Tailândia ) mas tenho certeza que vou gostar muito, excelente relato, vou compartilhar na minha fanpage!

  6. Estive no Laos no ano passado e gostei muito. As pessoas são simpáticas, descontraídas (às vezes um bocadinho demais!! ehehe), e o ambiente é muito tranquilo. Parece que vocês conseguiram ter acesso a um lado do Laos mais autêntico, ao viajarem de mota sozinhos. Boas dicas para quem esteja a pensar fazer a mesma viagem!

  7. Uau que viagem e que relato, eu nunca pensaria em fazer uma viagem de mota mas vejo que pode ser muito interessante, a parte dos bichos é que me deixa arrepiada….as baratas então….tive uma aventura semelhante com baratas em cabo verde, tudo à chinelada e num hotel de 5 estrelas… Parabéns pelo artigo e pelo blog.

  8. Viajei junto com vocês nesse texto! Que aventura, adorei. Quantas pessoas incríveis conhecemos ao longo do caminho né? Isso é tão maravilhoso, tão enriquecedor… por mais que o contato seja simples. Imagino que nunca irá esquecer da pinga que tomou do escocês.
    Parabéns.

  9. Que aventura espetacular. É assim que se conhece a realidade dos países que visitamos, parando à beira da estrada e comendo em lugares onde os locais também comem. Gostava muito de fazer um percurso destes de mota.

  10. Que aventura! Mas, confesso que não é pra qualquer um… Laos deve ser um lugar incrível, quem sabe não entra na minha lista… Só não posso pensar nas baratas…..rsrsrs
    Muito bom seu texto com todos os detalhes… Show! Parabéns!

  11. Excelente relato da tua aventura! Eu também adoro andar de moto e acho que neste momento até precisava de uma aventura destas. Por caso já estive no Laos, mas apenas na Ilha de Donsao no Trinagulo Dourado, Espero regressar para conhecer melhor o país.

  12. Que aventura linda! E quanto perrengue também: atropelamento de um pintinho, queimadura da perna no cano, baratas invasoras, quarto com mosquitos e lagarto, hehe. Mas, as melhores aventuras são justamente essas, regadas ao desconhecido, ao inesperado e a qualquer coisa que nos tire de nossa zona de conforto. Parabéns, a escrita do texto é as fotos estão ótimas.

  13. What a fabulous post! I really feel like I was in the adventure with you. How did you find riding the motorcycle? I’ve never done it before, but it seems like a great way to go around.

  14. Great post and I loved the pictures. Being an avid motorcyclist I enjoy traveling on a bike the experiences, sights and smells.are always great

  15. Hi Emily. Thanks for the comment. It was all good with the motorcycle. It was an all manual 125cc so it was strong enough to carry both of us plus our bags. We didn’t make many kms per day so it was just fine, even with the rain:)

  16. Wow, sounds like an adventure! My boyfriend & I did a motorbike tour through Vietnam this year, but we went with two guides. And comparing our experiences, it sounds like the guides were the right choice for us. They knew which restaurants had good food, and which hotels were okay. Although sometimes in little villages, I guess there just aren’t any better choices. I’m impressed that you went on your own.

  17. This sounds like such an amazing opportunity. Motorcycle road trip is high on my empty-nester bucket list. We will see what the next 20 years brings us

  18. What an adventure! I would love to do something very similar to this!!

  19. This sounds great! I missed out on Laos when I was in SE Asia last year. I’d love to go back and travel around by motorbike!

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