Road Trip do Dubai a Mascate

Depois de colocarmos algumas opções em cima da mesa decidimos que íamos conduzir entre o Dubai e Mascate. Tínhamos duas noites e três dias para o fazer e queríamos parar em alguns sítios tanto à ida com à volta.
Depois de fazermos umas compras no supermercado abaixo de nossa casa lá nos encontrámos com o Victor e com a Irma e saímos por volta das 10 da manha. O tempo estava maravilhoso e queríamos aproveitar ao máximo.

A primeira paragem seria em Hatta, um exclave do Dubai junto da fronteira com o Omã. Ali visitamos primeiramente a Hatta Heritage Village, uma pequena e tradicional vila arábica reconstruída de modo a recriar o modo como se vivia antigamente. A história desta vila remonta há 3000 anos atrás e há duas torres que eram usadas para protecção de cerca de 30 casas que estão divididas por certos temas: casa tradicional, casa do folclore, casa das artes manuais, casa da poesia etc. A entrada é gratuita e vale muito a pena a visita.

Dali fomos até à barragem, outro dos pontos mais conhecidos em Hatta. A paisagem é lindíssima e as montanhas contrastam com a falta de altitude presente no Dubai.

O nosso principal objectivo em Hatta era o de visitar as famosas Hatta Pools – canais estreitos de água ligados a pequenas lagoas. Infelizmente não vimos bem a localização antes de saírmos e a informação era nula. Ainda perguntamos a dois polícias mas estes acabaram por nos levar a um pequeno posto fronteiriço, sem sinais, nada. Dois velhos militares não nos puderam ajudar em nada uma vez que o Inglês era nulo (ou talvez apenas não se quisessem chatear). Viram os nosso passaportes e decidiram que não podíamos entrar por ali. Tivemos que voltar para trás e encontrar outra entrada. O relógio não parava com ainda estávamos bastante longe de Mascate, decidimos deixar para a próxima. A quem desejar lá ir, recomendo que vejam melhor a localização porque é de facto um sitio que parece valer a pena a visita. Talvez este mapa vos possa dar jeito.

Andamos uns bons 30 minutos e demos com a fronteira oficial que passámos sem problema.
Fizemos a estrada que segue ao longo do golfo do Omã e que se estende por cerca de 350 km. Paramos  para comer num largo de uma pequena mesquita situada à face da estrada e fizemos-nos ao caminho outra vez.

Chegar outra vez a Mascate foi maravilhoso. Ir aos poucos reconhecendo os sítios onde tínhamos estado praticamente um ano antes e conseguir ligar alguns pontos da cidade que até então não tínhamos conhecimento. (Aqui podem ler sobre a primeira vez que fomos a Mascate).

Ficamos no hotel Golden Oasis, rodeados pelas montanhas em Al Wadi Al Kabir. Estávamos a uma curta distância de carro de todos os pontos principais da cidade. Como chegamos já de noite, fomos apenas espreitar um bar no Grand Hyatt Hotel que nos tinham recomendado chamado Habana Sports Club. A diferença entre os bares cá e nos Emirados é bastante grande. Há muitos locais, em vestes tradicionais a beberem e metem conversa imediatamente quando se apercebem que somos turistas. Parece-me uma ambiente muito mais relaxado que no Dubai.

No dia seguinte começamos a explorar pelo Mutrah Cornish e de seguida visitamos o Souq mais conhecido da cidade(vejam o video aqui). Depois fomos ver o palácio do sultão Qaboos, uma das zonas mais tranquilas de Mascate. Fizemos depois uma pequena paragem no Diving center onde tinha estado com a Magda um ano antes mas estava vazio. Ainda era demasiado cedo, o bar ainda não estava aberto não quisemos esperar pelo que fomos aos hotel para deixar o carro e para nos prepararmos para sair. Fomos jantar a Ruwi Street, na zona mais movimentada da cidade, cheia de lojas de todo tipo e acabamos a beber umas cervejas no Rock Bottom no Ramee Rose Hotel.

Depois de tomarmos o pequeno-almoço no dia seguinte, delineamos o nosso plano de regresso a casa. Decidimos ir por uma estrada diferente e fazer algumas paragens pelo caminho. Tínhamos cerca de 500 km pela frente e não queríamos chegar muito tarde porque a Magda estava a trabalhar no dia seguinte. A paisagem pelo norte do Omã é sempre muito montanhosa e árida. A vegetação vê-se muito de vez em quando mas por vezes há grandes concentrações de palmeiras que dão logo outro aspecto ao pano de fundo da viagem.

Nesse dia, queríamos ver mais natureza, água… apesar de o norte do Omã ser um pouco desértico. Encontrámos no nosso guia algumas coisas interessantes com riachos e nascentes de água quente. Primeiro, paramos em Ayn al Thawara para dar uma trinca numas sandes compradas num snack-bar meio manhoso. Este sítio foi super relaxante, com um pequeno riacho a correr e um grupo enorme de crianças a brincar na água. Era fim-de-semana e aquele era o sítio ideal para as famílias irem fazer um piquenique. Comemos, descansamos um bocado, tiramos umas fotos e partimos para o nosso próximo ponto. Queríamos ter ido visitar um Wadi que toda gente dizia ser obrigatório mas depois de mais ou menos uma hora para lá chegar, chegamos à conclusão que não íamos conseguir com o nosso carro pois seria preciso um 4×4. Partimos então para uma fonte de águas quentes, a menos de 1 km de Rustaq.

Não era uma nascente toda especial no meio do nada, mas antes um grande poço rodeado por uma cerca que guiava a água por uns pequenos canais., mesmo à face da estrada.
Estava bastante requisitado o sítio mas lá encontrámos o nosso cantinho onde nos sentámos para molhar os pés. A água estava quase a ferver. Não conseguíamos ter lá os pés mais que 10 segundos.

Estava a ficar tarde e ainda tínhamos um longo caminho pela frente. Parámos em Rustaq para ver o Hazm Fort (aberto apenas às sextas feiras de manhã), um forte do inicio do século 18, e tirar umas últimas fotos antes de anoitecer.

Entrámos nos Emirados por Al Ain e estávamos em JLT pela meia-noite.

Ficamos mais uma vez com a sensação de adorar o Omã.

Mais fotografias do Omã aqui.

Renato