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Côte d’Azur: Saint-Tropez, Cannes e Nice

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Côte d’Azur na Riviera Francesa era um dos destinos mais esperados da parte ocidental da Europa da nossa viagem. Considerada por muitos a costa mais bonita do mundo, perfeita para banhos de sol em cidades elegantes como Nice, Cannes, Saint-Tropez, Saint Raphael ou Menton. Mas será  mesmo assim tão bonita?

A caminho para Côte d’Azur paramos na pequena cidade de Arles na região de Provença, conhecida principalmente por ter sido o lar de Vincent Van Gogh por um ano, durante o qual o pintor produziu mais de 300 quadros e desenhos. Esta pequena bela cidade tem uma longa história bem presente nos seus edifícios romanos: o teatro galo-romano, a arena ou anfiteatro, as termas, o aqueduto etc.

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Podemos ver a Arles do final do séc. XIX representada em vários quadros de Van Gogh. As suas ruas estreitas banhados nas cores vivas do pôr-do-sol, os ciprestes verdes e altos e os florescentes campos em redor da cidade. Apesar de muitas das suas obras de arte aqui terem sido criadas, nenhuma delas se encontra actualmente em Arles. A cidade parece bastante turística mas ao mesmo tempo meio adormecida, em paz e serena.

Conduzimos cerca de 200km até Saint-Tropez. Não fosse uma leitura rápida do nosso guia francês e esperaríamos uma vila grande, com um porto majestoso e um numero grande de iates estrondosos e restaurantes caros. Ficamos de boca aberta quando lá chegamos e nos apercebemos que não é nem tão fina nem bonita como esperávamos. É uma vila pequena (menos de 6000 habitantes ) com “meia dúzia” de ruas e uma marina pequena. Saint Tropez teve um papel importante no inicio do séc. XX quando pintores famosos como Paul Signac, Matisse ou Pierre Bonard lá se começaram a reunir e a pintar dando origem a alguns estilos de pintura como é o exemplo do Fauvismo. Mais tarde durante os anos 50, Saint Tropez andou pelas bocas do mundo quando foi palco das filmagens de “E Deus… criou a mulher” protagonizado pela Francesa Brigitte Bardot. Desde esse momento, a vila é abalroada por cerca de 100 000 turistas todos os Verões.

A praça principal, Place des Lices, não impressiona de todo e fica num chão de terra batida. O café principal, conhecido por ser o ponto de encontro das celebridades estava vazio. A única animação na praça era um grupo de senhores de idade avançada que jogavam boules( um jogo francês parecido com a malha portuguesa mas com bolas). Há uma rua cheia de lojas dos mais famoso estilistas do mundo que comprova que estamos num sítio chique.

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Tínhamos um anfitrião à nossa espera na vila vizinha de Sainte-Maxime e depois de nos termos perdido algumas vezes nas colinas que cercam o azulíssimo mar Mediterrâneo,  encontramos a casa do Eric e lançamo-nos ao Ratatouille(prato típico francês) que ele tinha preparado para nós. Tivemos uma noite super agradável a falar sobre viagens e planos para o futuro.

Nesta altura, não sabíamos ainda onde íamos ficar na noite seguinte. Pensamos em ficar ou em Nice ou em Cannes visto estarem no nosso caminho. De manhã bem cedo partimos de Sainte-Maxime e conduzimos ao longo da costa com um cenário perfeito presente a todo tempo. Um mar azul lindíssimo mesmo à nossa frente e ravinas de pedra vermelha quilómetros a fio. No céu, viam-se já helicópteros e aviões a jacto pequenos fazendo antever o encontro de estrelas de cinema que se fazia em Cannes.

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Chegamos a Cannes pela hora de almoço e percorremos a baía onde o festival de cinema tem lugar. Havia limousines pretas e brilhantes e chauffeurs à espera por todo lado. A cidade estava congestionada por causa do evento e a avenida principal ao longo da praia estava fechada ao trânsito. Ficamos por breves instantes parados em frente ao tapete vermelho mas não vimos ninguém famoso talvez porque seria demasiado cedo. Podíamos apenas suspeitar que estivessem por detrás dos vidros fumados das muitas luxuosas limousines que passavam a todo instante. As ruas estavam completamente cheias de curiosos, jornalistas e staff do festival. Caminhamos ao longo da baía e paramos numa das praias por um bom bocado antes de nos dirigirmos a rua Meynard a conhecida rua das compras.

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A cidade estava apinhada e ainda não tínhamos sitio para ficar. Todos os couchsurfers que tínhamos contactado estavam ocupados e decidimos então continuar pela Côte d’Azur e ir até Nice. Depois de mais uma agradável viagem, paramos já em Nice para descansar um pouco num café e mandar mais um pedidos de estadia no couchsurfing e procurar em alternativa um hotel barato. Percebemos que Nice estava também muito cheia e começamos a mandar pedidos para cidade vizinhas. Foi então que recebemos um convite de um italiano em Sanremo. Não era bem na nossa direcção mas já tínhamos discutido a hipótese de a visitar antes pelo que aceitamos imediatamente e fizemo-nos à estrada em direcção à fronteira franco-italiana. Não tivemos tempo para visitar Nice pelo que nos ficamos por uma caminhada na Promenade des Anglais à beira mar e a caminho paramos para umas fotos num miradouro sobre a cidade. A caminho de Sanremo foi possível vislumbrar o Mónaco aquele que seria o nosso próximo destino.

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Sabíamos que de Sanremo para o Mónaco teríamos que voltar pela fantástica rua que segue pela costa e estávamos felizes com isso.

Apesar da desilusão inicial com Saint Tropez, temos que admitir que toda esta zona Francesa é lindíssima e merece toda a fama que lhe é atribuída.

Mais fotos da França aqui.

Renato e Magda

2 comments

  1. To kiedy wracacie na Lazurowe Wybrzeże zwiedzić jego pozostałe atrakcje? 😉

  2. Hej. Narazie planujemy dalsza podroz na wschod 🙂 a jakie inne atrakcje pominelismy?

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